quarta-feira, 23 de junho de 2010

O Preservativo tem dentes e 'morde' o pênis do estuprador








O número de estupros na África do Sul é tão alto que a sul-africana Sonette Ehlers desenvolveu um mecanismo de defesa para inibir a ação dos agressores: uma camisinha feminina especial chamada Rape-aXe. Ehlers trabalha há anos com vítimas de abuso sexual. Certo dia, ouviu de uma dessas mulheres uma frase que não lhe saiu mais da cabeça: "Eu queria ter dentes lá embaixo".

Uma vagina que morde é uma ideia que sempre aterrorizou os homens. Bastou uma apresentação pública da invenção para reduzir a zero o número de estupros numa cidade. "O diretor de polícia me disse: 'Sonette, depois da sua apresentação, passamos três meses sem registrar um estupro sequer. Os homens ficaram com medo de que você tivesse deixado algumas dessas camisinhas por aqui'", conta ela.

O medo dos homens tem fundamento. A possibilidade de cometer o estupro ainda existe, mas as consequências para o agressor são devastadoras. Na hora em que ele tentar tirar o pênis de dentro da vagina, centenas de farpas perfuram a pele.

Camisinha só pode ser retirada em cirurgia
"Rape-aXe é uma camisinha para mulheres que, depois de um estupro, se transforma numa camisinha para o homem. A camisinha é feita de látex e plástico, e as farpas são colocadas na parte interna de forma que o homem não consiga retirá-la sozinho", explica Ehlers.

"O homem deve procurar um hospital o mais rápido possível e retirá-la com um procedimento cirúrgico. A camisinha fica presa ao pênis, é tudo muito doloroso e ele não pode sequer urinar. Na clínica, o procedimento só pode ser realizado com anestesia local."

Isso não poderia ser considerado agressão física? – é a pergunta que as funcionárias da Terre des Femmes mais ouvem do público nas discussões promovidas na Alemanha. A resposta da organização de defesa dos direitos da mulher é clara: é o homem quem agride a mulher, e a camisinha com farpas oferece proteção contra essa violência.

A Terre des Femmes apoia o Projeto Rape-aXe por entender que assim as mulheres podem se proteger e, principalmente, porque elas é que decidem quando usar a camisinha, diz Serap Altinisik, que também faz parte da organização.

"Consideramos muito importante que isso seja uma decisão própria. Simplesmente porque, do contrário, dirão: 'As mulheres já podem se proteger e não precisamos mais promover trabalhos de prevenção e esclarecimento'. E uma situação assim não é sustentável", comenta Altinisik.

"A camisinha é quase como uma ferramenta de autodefesa, como spray de pimenta, que se pode carregar consigo. Por isso achamos que ela pode ser usada por mulheres de todos os lugares", diz.


Fonte: http://www.dw-world.de/dw/article/0,,4771122,00.html

terça-feira, 8 de junho de 2010

Acerte a mão


Um guia dos erros mais comuns que os homens cometem na cama. Acompanhado, é claro, de gentis correções de nossa colaboradora

Por: Sarah Miller


Sabe aquelas listas de boas maneiras colocadas em piscinas públicas? Não urine na água, não entre antes de passar na ducha, não vomite o medalhão de filé e a garrafa de cabernet franc no nosso novo sistema de filtragem. Juro que esta é a ultima vez que comparo minha vagina com uma piscina pública, mas sempre pensei em como seria ótimo afixar algo parecido nas paredes do meu quarto.

Veja, eu adoro que você adore fazer sexo comigo, e adoro fazer sexo com você também. Mas, às vezes, você faz coisas de que não gosto. Coisas bizarras. Coisas que você acha que vão me fazer gemer de gratidão e prazer, mas que me dão vontade de virar para o lado e ligar a TV. Felizmente, esses erros geralmente não ocorrem por falta de habilidade, mas por excesso de informação errada. Você pode facilmente desaprendê-los. Lembre-se: eu provavelmente conheço melhor o que gosto do que você. E, se eu tivesse um aviso de quarto, o conteúdo poderia ser assim:


NÃO PERGUNTE "DO QUE VOCÊ GOSTA?" na primeira vez que fizermos sexo.

É o nosso terceiro encontro. Está bem, talvez seja só o segundo, ou, quem sabe, acabamos de nos conhecer num elevador. De qualquer maneira, já estamos nos amassos. A calcinha está saindo, os olhos em chamas. Daí, você faz a pergunta e pumba!... Acabou-se a magia. Primeiro eu fico acanhada. Posso estar pronta para fazer sexo, mas não tanto para falar sobre isso! Segundo, vou me sentir pressionada a dar uma resposta provocativa, às vezes envolvendo brinquedos ou humilhação sistemática, mas a única coisa que consigo pensar em dizer é: "Bem, Paulo, acho que vou querer estimulação manual e oral, seguida de penetração, resultando, por último, no meu orgasmo". Finalmente, fico irritada. Você está tentando parecer sexy, selvagem, aberto para tudo? Porque, se estiver, eventualmente não vou acabar descobrindo?

O que fazer... perguntas mais tarde. Elas agitam uma relação que já está rolando sexo. Mas jogam água fria naquelas que estão começando.


NÃO ENFIE A LÍNGUA NA MINHA ORELHA.

A pobre e inocente orelha (a) é um ponto semi discreto, (b) é um buraco e (c) tem pregas. Por essas razões, ela tem sido mal definida como uma grande zona erógena. Esse é um dos grandes equívocos da história da civilização ocidental. Há muito homem agindo conforme a metáfora de que a orelha dela é um formigueiro e você, o tamanduá. Tente segurar a onda.

O que fazer... toque com jeito. Não estou dizendo para nunca tocar a orelha. Só não toque todas as vezes. A orelha deve ser beijada de leve, talvez lambida nas pontas, ou mordiscada com cuidado. Depois, pode largar.É só uma orelha.


NÃO TENTE SOCAR SEU PÊNIS SEMIDURO DENTRO DA MINHA VAGINA.

Eu entendo: você espera que ele endureça mais estando lá dentro. Ou você acha que, se você agir como se estivesse tudo bem, então tudo vai estar bem. Ou talvez você esteja tratando seu pênis como um adolescente teimoso - você vai mostrar quem é que manda, e vai mandá-lo para o quarto. A única coisa mais humilhante do que enfiar um pênis flácido dentro de alguém é alguém enfiando um pênis flácido em você. Nesse ato infeliz, nós sentimos todo o seu medo, desespero e insegurança, concentrados bem no local onde você quer que sintamos outra coisa. Acrescente-se a isso a sensação estranha de estar ganhando um exame ginecológico de um ursinho de pelúcia.

O que fazer... qualquer coisa, menos isso. Beije. Assista a The O.C. Peça uma pizza. A menos que seja um problema recorrente, exigindo atenção médica ou psiquiátrica, não tem nada de mais. Não mesmo.


NÃO TENTE ALCANÇAR MEU CLITÓRIS se você estiver numa posição inadequada para essa conexão. 

Tipo quando estou claramente curtindo o que estamos fazendo. Ou, digamos, se você estiver na sala, vendo TV e eu na cozinha fritando um bife. Tal persistência não é admirável,é irritante. É ótimo você saber o quanto a estimulação clitoriana é importante. Agora, você também precisa saber que se não for feita direito - isso inclui ângulo, pressão e movimentos certos -, não é agradável e pode até machucar.

O que fazer... uma pergunta. Uma boa ajuda pode ser pegar a mão dela e dizer: "Me mostre o que você gosta aqui". Daí você pode seguir o movimento da mão dela ou ela pode guiar a sua até você captar a idéia. Em certas posições, uma mulher simplesmente não quer ter o clitóris estimulado ou prefere dar conta do recado sozinha.


NÃO RASPE OS PELOS ESCROTAIS.

Fazer sexo com um cara que raspa o saco é como andar a cavalo sobre uma sela de cacos de vidro. Se quiser raspar, faça regularmente. Quer dizer, a cada meia hora.

O que fazer... aceitar a sua condição peluda. A menos que você arranje uma solução mais digna - e elas são caras -, tente aceitar os pelos do seu corpo. Você é homem. Seu tatara-tatara etc- avô era um gorila. Ninguém está culpando você.


NÃO TENHA UM COLAPSO NERVOSO por ter ejaculado muito depressa, perdido a ereção ou não ter conseguido uma.

Um pênis temperamental, ocasionalmente, não é motivo para alarme - mas um cara pirando por causa disso é. (Se você tratar o assunto como uma catástrofe, vamos começar a achar que é uma catástrofe, algo com que devemos nos preocupar.) Inversamente, também não é uma boa ideia agir como se nada tivesse acontecido, porque, bem, isso não convence.

O que fazer... reconhecer e lançar mão do bom humor. O cara que diz "Nossa, só costumo levar cinco segundos; isso é um recorde" ou "Acho que as super-pílulas anti-ereção que comprei na internet estão funcionando" é o tipo de cara que nos faz querer tentar de novo. Mais tarde. Depois de um filme. E, possivelmente, de um sanduíche de frango.


Fonte: Men's Health