terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Prazer em outra forma de sexo depende de consenso sincero

A prática sexual, de qualquer tipo, depende da expectativa compartilhada de se alcançar o prazer de uma determinada forma e do consentimento mútuo dos parceiros para o seu exercício. Se a realização do sexo anal já foi associada no passado apenas às mulheres de rua, hoje nota-se um movimento geral e irrestrito a favor dessa prática. 

Depoimentos ou discursos que revelam que só não gosta quem não conhece essa forma sexual ou que todas as mulheres precisam aderir essa prática erótica, proliferam por toda parte. No entanto, é importante frisar que essa forma de prazer sexual imprescinde de orientações. 

A dor e o desconforto podem acontecer durante a penetração anal porque a musculatura do esfíncter - diferente da vagina que possui elasticidade para acoplar o pênis - é muito rígida e quando estimulada provoca contração reflexa. Se não houver um relaxamento adequado a dor é inevitável. Outro fator que pode dificultar o relaxamento muscular é o medo, elevando ainda mais a dor. 

Vale esclarecer que o revestimento do ânus - por ser muito delicado - é mais vulnerável a traumatismos e pequenas fissuras que o da vagina. Além disso, o ânus, por causa do trânsito das fezes, é naturalmente povoado por bactérias causadoras de vaginites (inflamação da vagina) e infecções urinárias. Essa prática também aumenta a possibilidade de o homem contrair uma uretrite (inflamação da uretra - local por onde sai o xixi). 

Isto posto, torna-se inevitável o uso de preservativos pelos motivos acima expostos e por causa do risco de transmissão de Aids (haja vista a frequência com que os pequenos ferimentos ocorrem nessa prática sexual, tornando-se uma porta de entrada para o HIV). 

Por outro lado, a relação anal não expressa nenhuma tendência homossexual como muitas mulheres desconfiam de seus parceiros quando convidadas por eles a experimentar esse tipo de prazer. A homossexualidade se caracteriza pela atração por alguém do mesmo sexo e não pela penetração anal. 

A manifestação do desejo por uma determinada prática sexual pode se dar apenas por uma questão de curiosidade ou de preferência. Neste sentido, quando o desejo masculino apontar para a penetração anal, cabe à mulher decidir se também deseja expressar a sua sexualidade dessa forma. 

Se a relação anal é uma das formas encontradas pelo casal para se obter o prazer, o uso de lubrificantes neutros à base de água deve ser uma escolha para evitar maiores lesões da mucosa, e o uso de preservativos, como já mencionado anteriormente, um componente indispensável nessa prática sexual. 

Porém, se a penetração anal não for desejada pela mulher ou se ela constatar que não sente prazer com essa prática, é bom repensar nas alternativas criativas que possam elevar o prazer sexual do casal respeitando algumas diferenças que possam advir das partes envolvidas nesse relacionamento. 

Afinal, pode ser empobrecedor para a vida erótica de um casal não a ausência de uma prática sexual específica, mas não saber desfrutar do prazer que o sexo em toda a sua extensão pode proporcionar a ambos. 

A liberdade que garante a satisfação sexual não se sujeita a imperativos de qualquer natureza que não parta de uma escolha íntima e compartilhada na vida a dois. 


Margareth de Mello F. dos Reis - psicóloga e terapeuta sexual



Fonte: Portal Bonde

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

É possível ter vida sexual saudável após os 40?

Tem-se o conceito errôneo de que os indivíduos com mais de 40 anos vivem uma sexualidade menor do que a dos mais jovens. Na verdade, num estudo feito em Curitiba, verificou-se que esta sexualidade tende a desaparecer quando não estimulada. Esta é uma das diferenças da sexualidade da mulher idosa e da jovem. Para a última, não é necessário estímulo para que ela floresça. 

Já para a mulher idosa, o estímulo tem que estar presente. Observa-se, então, que a sexualidade da mulher idosa diminui, na verdade, por morte ou separação do parceiro, ou seja, quando a unidade conjugal desaparece. No entanto, numa investigação mais detalhada, observa-se que persistem os atos masturbatórios e os sonhos orgásticos. Com os homens idosos e sem parceiras já ocorrem mais poluções e atos masturbatórios. 

Observou-se que 70% dos indivíduos idosos que relatam impotência ou frigidez de longa data (de quatro a nove anos) procuram ajuda médica exatamente porque encontraram agora, na terceira idade, uma nova parceria ou parceiro. 

Desta maneira, está claro que o indivíduo idoso solitário tem uma freqüência sexual baixa, pelo fato de não ter estímulo sexual e não pelo fator idade. Idade não significa envelhecimento, pois a capacidade vital do indivíduo, assim como a capacidade sexual, está ligada à sua idade biológica e não cronológica. Desde que o idoso não apresente doenças degenerativas, vasculares ou metabólicas, a sua capacidade sexual será normal. 

Em um trabalho feito no Núcleo de Estudos de Sexologia e Geriatria com um grupo de 150 mulheres da região Sul do Brasil, casadas há mais de 15 anos, da classe média e com idade variando entre 30 e 70 anos, verificou-se que as mulheres com mais ou menos 40 anos faziam sexo aproximadamente 12 vezes ao mês. 

Observou-se, porém, que as mulheres de 40 a 70 anos, em segundo matrimônio, faziam sexo em torno de 17 vezes ao mês. A latência orgástica das mulheres jovens é de 5 a 30 minutos e a da idosa é de 0,3 segundos a 7 minutos. Os orgasmos múltiplos aparecem com mais freqüência nas mulheres acima de 40 anos, que antes eram monorgásticas. 

Pfeffler diz que 6% dos idosos de 66 a 73 anos não gostam de fazer sexo, enquanto que entre as mulheres este número é de 33%. Porém, as mulheres afirmaram que isso ocorria por causa dos maridos (36% por morte; ou 20% devido a doenças), 12% devido a divórcios e 12%, à impotência dos maridos. 

Marilene Cristina Vargas, médica e sexóloga


Fonte: Bonde

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

O ciúme pode prejudicar o relacionamento?

Como diz a música: ''Mas eu me mordo de ciúme.'' Que ciúme não é um sentimento gostoso de sentir, isso todo mundo sabe. Mas quem nunca sentiu ciúme que atire a primeira pedra. 

Quando estamos com alguém, queremos essa pessoa só para a gente. Geralmente a pessoa ciumenta sente uma dificuldade enorme de dividir a atenção do parceiro com outras pessoas, tem medo do abandono, de ser trocado(a) por outro alguém, do fantasma do(a) ex rondando por perto, da própria traição. Existem pessoas que o(a) parceiro(a) não pode virar a cabeça para o lado que o ciúme começa a crescer. 

Muitas vezes um passeio pode se transformar em um pesadelo para um dos parceiros. Qualquer ameaça ou insegurança pode fazer um belo fim de semana ser transformado em uma briga sem fim. 

O ciúme é uma emoção dolorosa demais. Podemos dizer que existem três graus para definir o ciúme. O primeiro ocorre vez ou outra, não chegando a ser um problema. No segundo, há a insegurança e o medo de ser abandonado e, por último, o ciúme patológico, quando o ciumento acha que toda suspeita é verdadeira. 

Podemos detectar alguns sinais de patologia quando um dos parceiros vive ''checando'' a agenda e o celular do outro, controla demais o horário, com perguntas do tipo ''você estava com outra pessoa?'', ou quando se proíbe o outro de alguma atividade em que não se é incluído. 

A psicoterapia tem ajudado casais a encontrarem o tempero certo da relação, resgatando a auto-estima e a confiança em si mesmo, melhorando assim o dia-a-dia dos dois. 

Mitos e Verdades 

- Mito: é normal um dos parceiros sentir ciúme do outro, isso é prova de amor. 

- Verdade: o ciúme limita, oprime e sempre angustia quem o sente. 

Lucianne Fernandes é psicóloga clínica especialista em Sexualidade Humana

Fonte: Bonde

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Vale tudo entre quatro paredes?


Sexo é um assunto sempre instigante e sempre muito controverso. Em cada cultura, em cada país, ele é tratado de uma forma particular. E mesmo dentro de uma mesma cultura, uma mesma cidade, o sexo é visto de ''n'' modos diferentes. O que é interessante e prazeroso para uns nem sempre é interessante e prazeroso para outros. Uma pergunta, por exemplo, que sempre persegue as pessoas, mesmo aquelas que se consideram esclarecidas e liberais, é se vale tudo entre quatro paredes. 

O fato é que não existe exatamente uma resposta definitiva. Vale e não vale. A resposta pode parecer ambígua, inconclusiva. Mas é a mais pura realidade. Entre quatro paredes, a sua permissão vai até onde o seu parceiro ou sua parceira permitir. O prazer do sexo necessita de compartilhamento, de troca, de entrega. Se apenas um dos participantes tem prazer, com certeza não haverá satisfação e quando não há satisfação, há frustração. No sexo, ninguém deve ser apenas coadjuvante. Os dois precisam ser protagonistas. 

É por isso que a resposta de 'se entre quatro paredes vale tudo' é tão complexa. Veja. Há pessoas que adoram o arroz com feijão, e o máximo de ousadia que se permitem é fazer uma ou outra variação de posições no momento do ato sexual. Preferem o sexo básico, sem grandes inovações. 

Já há os que adoram as fantasias, os complementos, os fetiches, as variações. Fazem de cada relação sexual um momento especial, transformando-o praticamente em um evento. Quem está certo? Todos estão certos, desde que respeitem o parceiro. 

A verdade é que cada pessoa, cada casal precisa encontrar o seu ponto de equilíbrio e de prazer mútuo. O sexo pode ser desfrutado de infindáveis formas. Há casais que se tornam tão amigos, mas tão amigos, com uma convivência tão tranquila e estável, que o sexo acaba se transformando num ato importante, mas não essencial à relação. Essas pessoas, muitas vezes, deixam de buscar as infinitas possibilidades de prazer a dois que o sexo pode oferecer. Mas é sempre bom estar alerta, pois muitas vezes quando tudo está bem, nada está bem. A acomodação pode se transformar em um enorme mal para as relações. 

Já outros casais preferem viver a sexualidade de forma mais intensa, usando a criatividade para melhorar a vida sexual. Até a reconciliação depois daquela briguinha pode ser transformada numa motivação a mais para o sexo ficar mais prazeroso. 

Márcio Dantas de Menezes é médico e presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Sexual


Fonte:  
http://www.bonde.com.br/?id_bonde=1-27--105-20111217&tit=vale+tudo+entre+quatro+paredes

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Masturbação feminina, que mal tem?

Discutir sobre masturbação na sociedade  atual ainda causa constrangimentos. No entanto, especialistas dizem que a masturbação faz parte da descoberta sexual, sendo natural a prática entre homens e mulheres de todas as idades. Porém, o maior dos tabus é a masturbação feminina. "O sexo só não é tabu na mídia que se propõe a falar sobre isso. Quando se fala em masturbação feminina o caso é mais grave ainda. Se a masturbação masculina é proibida, a feminina é proibida em dobro", explica Devanira Domingues Demarque, psicóloga especialista em sexualidade humana. 

Analisando o contexto social, cultural e histórico da sociedade contemporânea, a masturbação feminina é praticada entre as mulheres, mas é insistentemente negada quando o assunto é colocado em pauta. Para Devanira, o nome masturbação choca a maioria, remetendo a um ato libidinoso. "As mulheres se masturbam, mas não assumem. Se chamássemos de toque a discussão seria mais fácil. A mulher se permite dizer que toca o seu corpo, mas se você insistir que é masturbação, muitas vão negar", afirma. 

Porém, a raiz do preconceito começa desde a infância, quando a maioria dos pais evita discutir o assunto com os filhos. Na maioria dos casos, quando uma menina ou um menino acaricia ou toca seus genitais é reprimido e condenado, propagando a imagem na criança de que a manipulação das partes íntimas é um ato sujo e proibido. "Isso começa desde a infância. O menino pode andar pelado pela casa, a menina precisa cobrir o peito e o bumbum", lembra a psicóloga. 

A reportagem procurou duas mulheres para falar sobre o tema e ambas pediram para não serem identificadas. C.E. tem 28 anos e diz que não tem o hábito de se masturbar, mas faz sempre que tem vontade. "Me lembro da primeira vez que me masturbei. Eu era adolescente, estava descobrindo as coisas", conta. "Acredito que a masturbação feminina não é assumida e de certa forma mal vista. Isso explica o fato de muitas mulheres não conseguirem atingir o orgasmo, porque não conhecem seu próprio corpo", opina. 

S.F. tem 19 anos e costuma se masturbar toda semana. "Não me considero uma viciada, mas acho natural. Me ajuda muito a conhecer meu corpo e se eu estiver afim, pra que passar vontade?", indaga a jovem. "Eu sou uma mulher solteira e é mais fácil admitir que faço isso. Para uma mulher casada ou dentro de um relacionamento é mais difícil, porque envolve seu parceiro. Admitir que se masturba pode trazer uma imagem de vida sexual mal resolvida ou que a mulher tem que fazer isso por incompetência do seu parceiro", analisa S.F. 

Ela afirma que na infância também era advertida pela mãe. "Eu era muito sapeca e minha mãe brigava muito comigo. Ela dizia: 'Tira a mão dai menina'. Era engraçado e não tinha malícia. Eu era apenas curiosa", conta a jovem. 

Apesar dos tabus, algumas mulheres vêm tratando do tema com maior naturalidade. Masturbar-se não é sinônimo de proibição, mas sim de prazer e autoconhecimento do corpo. "No momento do banho a mulher já pode tocar e sentir o próprio corpo. No pescoço é uma sensação, na parte anterior da coxa é outra. O importante é conhecer seu corpo e perceber qual parte lhe dá maior prazer", incentiva a psicóloga.




Fonte: http://www.bonde.com.br/?id_bonde=1-27--74-20111213&tit=masturbacao+feminina+que+mal+tem

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Toda fimose precisa operar?

Excesso de pele pode atrapalhar o início da vida sexual e até causar câncer de pênis.


Fimose e excesso de pele no pênis são coisas diferentes. Uma precisa operar, a outra só opera se quiser. Em comum, as duas têm relações diretas com doenças perigosas.

A pior de todas é o tumor de pênis, que atinge 2% dos homens com câncer. “Uma vergonha para a medicina brasileira”, afirma o urologista Joaquim Claro, chefe do serviço de urologia do Centro de Referência em Saúde do Homem, de São Paulo.

Esse tipo de tumor acontece na grande maioria das vezes por higiene inadequada, ou seja, o homem não lava direito o pênis. “O excesso de pele pode contribuir com a doença por facilitar o acúmulo de resíduos, suor e urina”, explica Rubens Dias Cortina, urologista do Hospital Leforte.

Neste cenário, existem fungos que encontram um ambiente propício para se desenvolver. O resultado são inflamações consecutivas, que podem sensibilizar a glande (extremidade do pênis). “É daí que vem um mito da postectomia (circuncisão). Ela não deixa o pênis menos sensível, e sim recupera a sensibilidade normal”, esclarece.


Desde o nascimento

Cerca de 90% dos bebês nascem com excesso de pele ou fimose. Mas a grande maioria não requer intervenções médicas. A pele do pênis se ajusta com o tempo.

Mas é preciso estar atento a um erro comum. Muita gente acredita que é preciso massagear a pele do pênis, com movimentos similares à masturbação, para resolver o problema, porém isso pode piorar a situação. Se a pele for forçada demais, ela pode sofrer pequenos traumas e formar cicatrizes. Isso torna o tecido mais fibroso, mais inchado e com menos elasticidade, dificultando ainda mais a exposição da glande.

“É preciso operar imediatamente quando a fimose impede a exposição da glande e a saída da urina, pois isso força demais a bexiga e causa infecções perigosas ao organismo ainda frágil do bebê”, afirma Claro.

Em algumas crianças, a fimose é tão expressiva há apenas um pequeno furo, quase do tamanho de uma agulha, para a saída da urina. De tão apertada a pele, é impossível expor a glande. “Essa é a fimose nível um”, afirma Cortina.


A fimose nível dois é bem parecida, pois só permite expor parte da glande. Em seguida, a nível três permite expor a glande mas a pele forma uma espécie de anel que estrangula a extremidade do pênis, impedindo a passagem adequada de sangue.

“É preciso operar nos três casos”, diz o urologista. Nos níveis dois e três ainda é possível esperar a criança abandonar as fraldas, o que facilita a cicatrização do órgão.

A fimose nível quatro, na realidade, configura apenas um excesso de pele. Não precisa ser operada, mas o procedimento pode ser adotado na adolescência, caso o garoto esteja passando por seguidas inflamações. “Nestes casos, é comum também haver um freio curto demais”, ressalta Cortina.


O freio é a pele que liga a glande ao prepúcio, nome dado à pele que encobre a glande. Se o prepúcio for excessivo, o freio pode não ser longo o suficiente para permitir uma exposição confortável da glande. Na prática, isso significa que o homem pode ter dor nas relações sexuais.




Doenças sexuais

Excesso de pele também está associado às doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). Estudos internacionais indicam que a circuncisão reduz em 60% o risco de infecção pelo HIV, vírus causador da AIDS. “A operação também diminui o risco de HPV e câncer de colo de útero nas parceiras sexuais”, afirma Claro.

O procedimento cirúrgico é simples, feito com anestesia local em adultos e geral em crianças. O básico da recuperação leva uma semana, embora seja preciso esperar 30 dias para retomar a vida sexual.

Vale lembrar que não há risco da cirurgia causar disfunção erétil, bem como ter fimose não impede o crescimento natural do pênis.


Fonte: Saúde IG


Para conhecer mais sobre Fimose, Postectomia e Circuncisão visite o site:

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Envelhecimento pode prejudicar sexualidade da mulher?



É indiscutível que atingimos a diminuição da mortalidade precoce com os avanços da medicina durante o século XX e, com isso, contemplamos uma maior expectativa de vida. Desta forma, a população de idosos tem se elevado mais que as outras faixas de idade. 

Se considerarmos a realidade de nosso país, já observamos que o Brasil não é mais o país de jovens como o fora há algumas décadas. Neste sentido, ainda persiste a falsa crença de que a mulher mais velha não apresenta nem desejo nem vontade de exercer a sua sexualidade. 

Os mitos que giram em torno da sexualidade constituem grande parte das dificuldades que as pessoas enfrentam no envolvimento íntimo. Em se tratando da sexualidade feminina, durante o seu envelhecimento cronológico, as dificuldades tendem a se ampliar ainda mais. 

O que devemos ressaltar é que a expressão da sexualidade feminina também tem uma estreita relação com o contexto social ao qual a mulher pertença. Entretanto, mudanças fisiológicas ocorrem no decorrer da vida e a falta de informação da mulher sobre isso pode levá-la a limitações desnecessárias. 

A baixa dos estrogênios (hormônio responsável pelo bem-estar feminino) com a qual a mulher se depara nesse período da vida pode tornar a penetração vaginal dolorosa. 

O acompanhamento ginecológico é o caminho para a superação desse desconforto feminino. Ele poderá orientar sobre a utilização de cremes que possuam estrogênios em sua composição, de acordo com o caso. 

As carícias recebidas nos seios e no clitóris passam, também, a exigir mais suavidade, uma vez que os seios tornam-se mais flácidos com o passar do tempo e o clitóris torna-se mais sensível ao toque. 

Outro aspecto importante do envelhecimento feminino é o advento da menopausa. Esse período costuma ser marcado por alterações emocionais, psicológicas e hormonais, que variam de uma mulher para outra. O final da vida reprodutiva feminina não representa o final do seu prazer sexual. A terapia de reposição hormonal (com acompanhamento ginecológico) tem devolvido o bem-estar às mulheres nesse período do ciclo vital. 

O estado geral da mulher durante o seu envelhecimento depende tanto da capacidade para seduzir, atrair e desfrutar os prazeres que a vida oferece, já experimentada ao longo de sua existência, quanto da ausência de alguma doença adquirida com o avanço da idade. 

Porém, sem a existência de alguma doença que traga algum tipo de limitação para a sua qualidade de vida, a sexualidade da mulher mais velha tem acenado com a possibilidade de manutenção da satisfação já alcançada no decorrer de sua vida ou, ainda, com a possibilidade de descobertas da sua satisfação sexual aos 50, 60, 70, 80 anos ou mais, sem nenhum obstáculo. 

Margareth M. F. Reis, terapeuta sexual e de casais do Instituto H.Ellis (SP)


Fonte: 
http://www.bonde.com.br/?id_bonde=1-27--8-20111201-201112021-1-386131

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Atração sexual pode prejudicar o relacionamento?

A atração sexual mexe ao mesmo tempo com todos os órgãos dos sentidos, intensificando as suas potencialidades. Com isso, a vibração de quem experimenta a atração sexual representa o seu alimento erótico e pode se manifestar de várias formas. 

Quando a atração sexual aproxima pessoas sintonizadas pelo sentimento, pela cabeça, pelo estilo de vida, além da sintonia do corpo, podemos considerar esse encontro propício para relacionamentos mais completos. 

Já no caso de pessoas que vivem a atração sexual em relação às idealizações que fazem da outra pessoa, elas nem sempre confirmam as suas expectativas quando têmoportunidade de um contato real com o seu objeto de desejo. Podem se desencantar a curto prazo com o aumento do contato, quando não encontram nas características presentes de sua parceria tudo aquilo que criaram imaginariamente sobre a outra pessoa. Tendem a procurar os aspectos que idealizam nas outras pessoas, criando um abismo entre suas expectativas e a realidade. 

Encontramos também aquelas pessoas cuja atração sexual repousa invariavelmente nas figuras inacessíveis e indisponíveis para um relacionamento. Pode ocorrer, inclusive, casos em que a pessoa poderá sentir mais atração sexual ainda quanto mais difícil se mostrar uma dada conquista. 

Sob este aspecto, o que move a motivação sexual em relação a alguém desejável tem menos a ver com a pessoa-alvo da conquista do que com o sabor do desafio em questão. 

Quando ocorre de a conquista se concretizar, a atração sexual se esvai e tende a dirigir-se a um outro alvo inacessível para reeditar o mesmo ciclo. Essas pessoas vivem em busca da vibração da atração erótica através daquelas situações que acreditam estar fora do seu alcance, mas que julgam poder conquistar. Portanto, a atração sexual se mantém até o limite da conquista. 

Esse representa o seu fim em si mesmo, impedindo relações de envolvimento e troca a dois. 

As atrações sexuais intensas decorrentes desses casos de idealização da figura desejável, ou de casos que exigirão muito investimento para se concretizar, ou ainda, que são fortes apenas nos primeiros contatos de paquera ou de namoro, quando se repetem sempre da mesma da forma, são exemplos de vibrações intensas de paixão que têm o tempo contado para enfraquecer. São, em essência, formas que impedem uma relação que envolva a outra pessoa e que propicie uma parceria capaz de produzir o 

alimento erótico adequado para cada momento da relação e dos projetos comuns da vida a dois. 

Margareth Reis, psicóloga clínica, terapeuta sexual e de casais no Instituto H. Ellis (SP)




Fonte: http://www.bonde.com.br/?id_bonde=1-27--19-20111202&tit=atracao+sexual+pode+prejudicar+o+relacionamento

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Masturbação pode levar o homem à infertilidade?


Existem muitos mitos acerca da masturbação, que há tempos é vista como algo ''proibido'' e ''impuro''. Desde a velha crença de que se masturbar provoca o crescimento de pêlos nas mãos, a maioria destas suposições procura imputar alguma punição ou prejuízo para o indivíduo que se masturba. 

A masturbação (ou onanismo) nada mais é do que uma relação sexual praticada sozinho e que, no caso do homem, envolve a excitação, ereção, estimulação tátil do pênis e ejaculação. Deste modo, assim como numa relação sexual praticada a dois, não existe nada de prejudicial. 

Como já vimos nesta coluna, os testículos promovem uma produção contínua de espermatozóides, que são armazenados nos epidídimos (orgãos localizados posteriormente aos testículos); a maior parte do volume do esperma é gerado pela próstata e vesículas seminais, que no momento da ejaculação expelem suas secreções juntamente com os espermatozóides através do canal da uretra. 

Se um homem tem repetidas ejaculações num curto espaço de tempo, seja através de relação sexual a dois ou masturbação, pode não haver tempo para que estas glândulas reponham seu ''estoque'' de esperma. Deste modo, o sêmen eliminado será mais liquefeito, com menor volume e com uma concentração menor de espermatozóides. 

Mas isto não quer dizer que haja risco para a saúde do indivíduo. Guardado certo tempo de abstinência sexual, o esperma terá suas características ótimas novamente, estando este homem apto a fecundar uma mulher. 

Portanto, do ponto de vista médico, não existe o risco da masturbação levar à infertilizade ou dano à saúde do homem. Mas temos que observar que pode haver um quadro obsessivo em alguns indivídios, que se masturbam excessivamente e comprometem suas atividades cotidianas normais. Neste caso podemos considerar que a masturbação vai acarretar prejuízo mental e social para este paciente, o que requer tratamento psicológico e médico adequado. 

Mitos e Verdades 

- O homem que se masturba não fica impotente com o passar do tempo. Não há este risco, pois como numa relação sexual a dois, a masturbação se vale da fisiologia normal da ereção masculina, o que não tem nada de deletério. 

Juliano Plastina, urologista e membro titular da Sociedade Brasileira de Urologia

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Resultado Enquete.


A nossa última enquete realizada entre os dias 25/10/11 a
29/11/11 mostrou que a busca pelo corpo perfeito ou, no nosso caso,
reconstruir seu membro genital têm levado aos homens a intenção em investir
nesse tipo de tratamento. Com um total de 510 participações perguntamos a
eles o quanto estariam dispostos a investir em um procedimento para
reconstruir seu membro sexual.

Para 67% há o interesse de pagar até 7.000,00; 13% estaria
dispostos a desembolsar R$ 10.000,00; 4% investiria R$ 15.000,00; e para
16% dispor de R$ 20.000,00 não seria o problema.
Visto que os artifícios da cirurgia plástica no passado era uma
coisa só para mulheres, notamos que para os homens o valor ($) quando
tratado de sua parte íntima é pequena, pois tratamos de desejos, autoestima,
luxo e vaidade. E para você o aumento peniano é...? Entre no nosso site
www.clinicaplenus.com.br e participe da nossa nova enquete.

Lesões no pênis são sinal de alerta?

Estas lesões, relatadas de modo superficial, podem corresponder a várias patologias.  Descreverei brevemente algumas delas.

- Acne: a pele do pênis também contém glândulas sebáceas, que quando se inflamam provocam a tão conhecida espinha. O melhor a fazer é não tentar espremer a lesão, que na maioria das vezes tem resolução espontânea. Em alguns casos podemos lançar mão da aplicação tópica de antibióticos. 

- Pápulas peroláceas penianas: presentes no sulco balano-prepucial (aquela depressão circular que fica logo abaixo da glande do pênis), são decorrentes da hipertrofia de certas glândulas desta região. Caracterizadas como pequenas ''bolinhas'' de cor clara, podem ser encontradas em até 30% da população masculina adulta, mas não representam nenhuma doença e não requerem tratamento.



- Foliculite: a região genital é rica em pelos, que quando se inflamam provocam a foliculite. O que se vê é uma pequena lesão avermelhada e dolorosa na base do pelo, podendo ser única ou múltipla. Pode ocorrer resolução espontânea ou pedir uso de antibióticos tópicos e/ou sistêmico. 

- Condiloma acuminado: causado pela infecção do vírus HPV, é de transmissão sexual. Caracteriza-se pelo aparecimento de uma ou mais lesões em qualquer lugar da região genital ou anal, sendo mais comumente vistas no pênis. As lesões são como verrugas, de aspecto rugoso e de tamanho variado. O tratamento se faz de várias maneiras, desde medicações tópicas até cauterização elétrica.


No seu caso, o melhor a fazer é procurar o urologista para que o correto diagnóstico seja feito e, com isso, o tratamento adequado seja administrado. 

Juliano Plastina, urologista e membro titular da Sociedade Brasileira de Urologia

Fonte: Portal Bonde

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Falso médico aplica cola e cimento em mulher

Um americano foi preso na Flórida por injetar uma mistura de super cola, cimento, óleo e selante de pneus nas nádegas de uma mulher. Oneal Morris, 30 anos, cobrou cerca de R$ 1,2 mil para aplicar a substância, informa o tabloide britânico The Sun.


O falso médico também injetou a mistura nos glúteos, criando uma aparência feminina. Os procedimentos eram realizados na casa do acusado, que vai responder a processo por ter praticado medicina sem licença e causar danos físicos à paciente. Depois da aplicação, a vítima teve sérias complicações de saúde e precisou ir a um hospital.

As informações são do jornal Extra.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Vinte descobertas comprovam: sexo é bom e só faz bem!

Ter uma vida sexual ativa e saudável nunca fez mal a ninguém. A cada dia, os cientistas descobrem novos efeitos do orgasmo em nosso organismo e até sobre nosso comportamento. Para muitos males o sexo pode ser considerado até como um remédio, sem efeitos secundários ou contraindicações, de fácil acesso, grátis e eficaz. Uma vida sexual satisfatória torna o ser humano mais feliz, em harmonia com o seu corpo e mente. Confira 20 benefícios e tenha razões de sobra para fazer mais sexo!

O sexo pode ser um tratamento de beleza. Quando uma mulher faz sexo o nível de estrogênio no corpo dela duplica, tornando a pele mais macia e o cabelo mais brilhante.

Melhora a relação. Todas as vezes que compartilha a experiência do sexo com alguém, o cérebro começa a associar a outra pessoa ao sentimento de prazer. O sexo pode ainda transformar uma relação, simplesmente por aumentar o número de vezes que se tem prazer com alguém.

O sexo pode fazer emagrecer. Rapidinhas de 20 minutos semanalmente significam 7.500 kcal anualmente, que é mesmo que gastaria se corresse 120Km. Uma sessão de sexo pode queimar cerca de 200 calorias, que é o mesmo que correr durante 15 minutos.

Previne doenças. Os hormônios de estrogênio liberados enquanto se faz sexo, contribuem para proteger o coração, bem como ajudam a prevenir a doença de Alzheimer e a osteoporose, enquanto a testosterona fortalece os ossos e os músculos.

Aumenta a expectativa de vida. Um estudo feito na universidade de Belfast feito com 1.000 homens de meia-idade demonstrou que o sexo regular aumenta a expectativa de vida. Na mesma faixa etária e saúde, aqueles que têm orgasmos mais frequentemente tem metade da taxa de mortalidade do que os homens que não tinham orgasmos tão frequentemente. Isto pode ser por causa da diminuição da taxa de hormônios do stress, após o ato sexual.

O sexo apura os nossos sentidos, especialmente o cheiro. Depois do orgasmo, um aumento na taxa de hormônios da prolactina faz com que as células cerebrais formem novos neurônios no bulbo olfativo, aumentando a capacidade olfativa.

A saúde mental e emocional é influenciada pelo sexo. A abstinência é fonte de ansiedade, paranóia e depressão. De fato, no caso de uma leve depressão, o corpo logo depois do sexo liberta endorfinas, responsáveis por diminuírem o stress, levando a um estado de felicidade.

Melhora a pele. Suar enquanto se faz sexo limpa os poros, tornando a pele mais limpa e diminuindo o risco de dermatites.

O sexo fortalece os músculos. Imagine o esforço feito pelos seus músculos durante aquelas flexões e elevações. Tudo depende das suas acrobacias na cama, mas será certamente mais divertido que correr numa esteira.

Você fica mais bonita. Quanto mais ativa for a sua vida sexual, mais atraente parecerá para as pessoas do sexo oposto. A alta atividade sexual faz com que o corpo libere mais feromônios, que é uma química que nos faz sentir atraídos pelo sexo oposto, são os químicos da paixão.

O sexo é um inibidor da dor. Mesmo antes do orgasmo, os níveis das hormônios de oxitocina aumentam cerca de 5 vezes mais, levando a uma libertação de endorfinas. Estes componentes químicos aliviam a dor, desde a menor dor de cabeça até dores de artrites, e tudo sem efeitos colaterais.

Acaba com a enxaqueca. As enxaquecas também tendem a desaparecer porque os vasos capilares tendem a se dilatarem quando se faz sexo. Por isso, lembre-se, quando tiver com dor de cabeça, não deixe essa desculpa te atrapalhar na hora do sexo.

Melhora o fluxo da urina. O sexo leva a um maior controle da bexiga, fortalecendo os músculos da pélvis, controlando melhor o fluxo da urina.

Ajuda a manter a taxa de colesterol. Fazer sexo regularmente baixa os níveis de colesterol, balanceando a taxa do bom colesterol e do colesterol ruim.

Previne a gripe. A atividade sexual diminui a possibilidade de ter constipações, como a gripe por exemplo. Sexo 1 ou 2 vezes por semana significa 30% a mais de anticorpos hemoglobina A, responsável pelo "trabalho" do sistema imunológico.

Combate alergias. Uma boa sessão de sexo pode ser um bom medicamento para tratar as alergias, dado que uma boa sessão de sexo é um anti-histamínico natural que ajuda a combater a asma e a febre.

Ajuda a esquecer os problemas. A oxitocina que é liberada pelo orgasmo, tem um efeito amnésico que pode ajudar a esquecer os problemas, que pode durar até cerca de 5 horas. As mulheres têm uma vantagem adicional, durante o orgasmo as partes do cérebro que geram o medo, ansiedade e o stress são desligadas; só que fingir o orgasmo não tem o mesmo efeito.

Ajuda a dormir melhor. Depois do orgasmo, especialmente à noite, fica-se com sono. O corpo fica completamente relaxado, podendo-se ter uma noite de sono mais descansada.

Melhora os dentes. Muito melhor que uma pasta de dentes, o plasma seminal em contato com os dentes previne as cáries dentárias, porque contém zinco, cálcio e outros minerais importantes para a prevenção das cáries.

Quer mais razões?! A melhor maneira de ter prazer naturalmente é o sexo!(Fonte: Ser Mulher)


Fonte: http://www.bonde.com.br/?id_bonde=1-34--42-20111117-201111181-1-386131

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Aumento do pênis provoca guerra judicial


Uma cirurgia funcional ou meramente estética? Uma decisão da Justiça Federal mexeu com um dos assuntos mais reservados do universo masculino: o tamanho do pênis. De um lado, estão o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), que defendem a tese de que a cirurgia para o alongamento do pênis é experimental e deve ser tratada com cuidado. Na outra trincheira está a Sociedade Gaúcha de Andrologia, que pede a liberação das operações. A guerra começou quando uma resolução do CFM foi cassada judicialmente a pedido da entidade gaúcha.

A 17ª Vara Federal, de Brasília, entendeu que o Conselho extrapolou em suas atribuições ao baixar uma resolução considerando a cirurgia experimental. Quem deveria definir os protocolos para os procedimentos científicos seria o Conselho Nacional de Saúde, um órgão ligado ao Ministério da Saúde. Na prática, isso significou o seguinte: a decisão da juíza Maisa Judice é sinal verde para as cirurgias no Brasil. Mas o processo está na fase de recurso. As duas mais representativas entidades médicas envolvidas no debate - a SBU e o CFM - reagiram em tom indignado à decisão, que não julgou o mérito do caso.


Em nota de esclarecimento, a Sociedade Brasileira de Urologia condenou qualquer operação para "o aumento do pênis através de extensores ou técnicas cirúrgicas". Essa posição acaba de ser reafirmada, em São Paulo, no II Consenso sobre Disfunção Erétil e Sexualidade, que reuniu médicos, cirurgiões e psicólogos. Quase ao mesmo tempo, o Conselho Federal de Medicina apresentou recurso à Justiça alegando que o alongamento peniano é um procedimento experimental, suas consequências ainda não são conhecidas e, para se tornar uma prática médica consagrada, deveria ter, no mínimo, 10 anos.

“A prática experimental deve ser feita apenas em hospitais universitários e sem ônus para os pacientes. Não é bem isso o que o pessoal dessa Sociedade Gaúcha de Andrologia acha do assunto”, acrescenta a advogada do Conselho Federal de Medicina, Gisele Gracindo.


Sonho masculino

“São uns talibãs”, acusa o presidente da Sociedade Gaúcha de Andrologia, o médico Bayard Fischer Santos, que encabeçou a ação movida na Justiça contra o Conselho Federal de Medicina. Bayard é defensor do aumento peniano e vem realizando as operações em São Paulo e Porto Alegre, onde mantém clínicas. É também autor de um livro sobre o tamanho do pênis que já vendeu, em dois anos, 10 edições.

Do outro lado, os "fundamentalistas" das duas entidades médicas criticam a constante presença de Bayard em programas populares da TV, nos quais aparece tendo à mão um pênis de plástico para ilustrar as entrevistas. O andrologista teria, ainda segundo seus críticos, o hábito de relacionar o sucesso de Aristóteles Onassis, tanto nos negócios quanto nos amores, ao tamanho do pênis do magnata grego.

Ter um pênis maior parece ser um desejo comum a maioria dos homens, como observa o presidente da Sociedade Internacional para o Estudo da Sexualidade e Impotência, o brasileiro Sidney Glina (leia a entrevista). Esse desejo pode ter consequências dramáticas. Há relatos de pacientes que cometeram suicídio após o fracasso de uma operação que causou impotência no paciente.

“Nós temos o dever social de condenar essas operações”, diz o presidente da Sociedade Brasileira de Urologia, Eric Roger Wroclawski. Ele apresenta argumentos para repudiar a técnica: segundo Wroclawski, não há na literatura médica dados científicos que confiram credibilidade à técnica. "Não estamos brigando contra ninguém, mas precisamos refletir um pouco mais sobre o assunto. Para nós, é um perigo falar em aumento peniano", diz o presidente da SBU, insistindo em que há carência de dados científicos sobre o assunto: “Abundam evidências de que essas operações resultam em complicações, o que é confirmado na prática dos nossos consultórios. A solução não é aumentar o pênis. Não é assim: ficou maior, funcionou melhor”.


Auto-estima

O andrologista Bayard Fischer Santos discorda da Sociedade Brasileira de Urologia. Ele diz que listou, na ação movida contra o Conselho Federal de Medicina, 1.000 trabalhos científicos sobre o assunto e acredita que, hoje, o total de relatos deve ultrapassar os 10 mil. Há, segundo ele, centros especializados no aumento peniano todo o mundo.

“Eu sou espanhol de nascimento. E, na Espanha, há 12 mil centros-pilotos de fisioterapia de pênis. Nos Estados Unidos, a cirurgia para o aumento de pênis é bem aceita. Há estimativas de que 10% dos homens tenham pênis menores de 12 centímetros de comprimento e de 10 centímetros de perímetro em ereção. Nesse caso, até por razões de auto-estima, é recomendável o aumento peniano”, diz Bayard, que será o organizador do VII Congresso Mundial sobre Aumento Peniano, no Rio, em dezembro deste ano.

Para o presidente da SBU, a aprovação por uma sociedade médica norte-americana não é garantia irrestrita, porque o alongamento do pênis é reprovado por outras duas sociedades médicas americanas - uma delas é a Associação Americana de Urologia (AUA). Eric Roger Wroclawski lembra ainda aos interessados que o aumento ocorre quando o órgão está flácido e não ereto. “Qual é o valor de um pênis flácido? Quanto ele aumenta ereto? Qual é o valor disto? Plástico? Estético? Serve apenas para o banheiro do clube. O cara olha e diz: ‘olha que bilau grande ele tem’”, detona Wroclawski.

O Conselho Federal de Medicina espera que o Conselho Nacional de Saúde siga o seu caminho e considere a operação experimental, exigindo, a partir disso, o cumprimento de uma série de protocolos científicos. A advogada do CFM, Gisele Gracindo, afirma que há outro problema por trás da polêmica: “O que os defensores da operação querem é que a prática seja reconhecida pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Vamos então desviar dinheiro do tratamento do câncer ou da leucemia para um tratamento que deve ser psicológico? Isso não é doença. O debate sobre esses centímetros é absurdo”.

Por outra razão, o médico Bayard também afirma que o debate não tem sentido: “Essa cirurgia já foi liberada em todo o mundo. O Brasil está atrasado nesse assunto”.


segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Workshop promete ensinar 'como enlouquecer um homem'

"Descubra como satisfazer seu parceiro de maneira simples e prática", prometia a propaganda do "workshop só para mulheres" sobre como enlouquecer um homem na cama.

Mais de 120 curiosas pagaram (R$ 29,90) para ver a "aula", segunda-feira à noite, em um teatro na região central de São Paulo. O professor, o psicanalista Maurício Sita, 64, é autor de "Como Levar um Homem à Loucura na Cama" (Viver Melhor, R$ 29,90). E diz ter a "dica de um milhão de dólares" para qualquer mulher virar um furacão entre quatro paredes.

Qual é a dica? Bom, ele deixa para o final. Antes, todas assistem a uma entrevista que o professor deu à TV e veem uma apresentação em "power point" sobre por que é importante ter uma vida sexual ativa e satisfatória.

"Todos dizem que é preciso comer bem e fazer exercícios. Ninguém diz que é preciso se satisfazer sexualmente." Elas olham atentas, algumas até anotam no caderninho. A plateia tem mulheres novas e velhas, poucas sozinhas, a maioria em grupinhos de amigas que cochicham e riem o tempo todo.

Sita aprendeu a enlouquecer homens há três anos, quando fez uma pesquisa virtual com 1.800 marmanjos. As perguntas ficaram disponíveis por 90 dias em um site e, durante esse tempo, ele teve que achar quem respondesse. "No começo foi difícil, mas depois foi uma reação em cadeia. Logo já tínhamos muitas respostas. "Foram 22 questões, do tipo "como uma mulher deve demonstrar interesse?", "quais suas preliminares favoritas?" ou "o que uma mulher deve fazer para ser boa de cama?".

As respostas não aparecem claramente no livro (nem foram ditas na palestra). Elas estão espalhadas em dicas. Para conquistar, por exemplo, a mulher, segundo ele, deve ser provocativa, mas não muito. Usar um vestido meio curto, passar um pouco de perfume, não exagerar na maquiagem.

Não há uma lista de preliminares favoritas dos homens. Há sugestões - como mandar mensagens de celular durante o dia ou usar uma lingerie diferente.

http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude

DE HOMEM PARA MULHER

Para o psicanalista, os manuais de sexo para mulheres estão errados. "Todos são escritos por mulheres! Elas leem revistas femininas e conversam com amigas. Mas não sabem o que os homens gostam, só pensam que sabem." A grande sacada do livro, segundo ele, é esta: um homem falar de sexo para mulheres.

Um exemplo de erro comum: "Revistas femininas dizem para as mulheres fazerem sexo oral pensando que estão chupando um pirulito. Isso é errado!", diz Sita, em um vídeo exibido durante a apresentação. Todas dão risada. Como é o sexo oral "certo", passo a passo, ele não conta. Fala só que é preciso "mostrar que está gostando e olhar sempre para o homem".

E, depois de um suspense de 45 minutos, finalmente a dica de um milhão de dólares: escolha uma coisa de que você goste no sexo e passe a fazê-la da melhor forma. "Se gosta de sexo oral, faça o melhor sexo oral do mundo. Se gosta de massagem, aprenda uma massagem muito boa. Aprenda pompoarismo, 'Kama Sutra'."

PERGUNTAS INDECENTES

Chega a hora das perguntas da plateia. Todas pegam papeizinhos e escrevem suas dúvidas anonimamente. "Meu namorado não quer que eu me depile, mas eu quero. O que eu faço?", questiona uma delas.
"Deixa um pouquinho", sugere Sita.

"Como eu sei que tive um orgasmo?" é a próxima. A plateia fica muda. Ele explica que é uma sensação boa, que relaxa... E parte para a próxima: "Pelo o que entendi, é possível prender um homem com sexo?".
 "Não, mas que o sexo ruim afasta, afasta."

Quase 30 minutos de perguntas depois, fica a dúvida que não quer calar, questionada mais de uma vez: "Por que homem gosta tanto de sexo anal?". O psicanalista diz que todos gostam de variar o prato. "Você gosta muito de feijoada e chocolate, mesmo assim não comeria todo os dias, não é?"
 "Chocolate eu como sim", grita uma na plateia.

O workshop termina com muitas dúvidas e uma fila na mesa onde o livro está sendo vendido. Depois, em entrevista, Sita afirma que acha os homens bem parecidos e que há pouca chance de seu manual de instruções falhar. "As mulheres são mais diferentes. Os homens gostam quase que das mesmas coisas."

No livro, além das dicas, há uma parte lacrada de "dirty talking" (uma expressão para sexo narrado usando palavrões). "Só vê quem quiser."

Para o ano que vem, ele prepara outro livro, agora sobre como enlouquecer uma mulher na cama. Mas elas não são diferentes entre si? "Sim, mas toda mulher quer melhorar o relacionamento e ser boa de cama."
 http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Falta de orgasmo também pode ocorrer com os homens

A ejaculação precoce já foi amplamente abordada pela imprensa. Contudo, a ausência de orgasmo – a chamada anejaculação – é pouco conhecida e, por isso mesmo, menos compreendida. E não é à toa que o tema não está em foco: estima-se que sua incidência esteja em torno de 3% a 4% dos homens com menos de 65 anos – que experimentam dificuldade parcial ou total de ejacular.


O urologista Rogério Vitiver, da Clínica Miletto - em Brasília, explica que os pacientes que vivenciam o quadro não se queixam de problemas eréteis – eles simplesmente têm dificuldade de atingir o orgasmo, até mesmo através da masturbação.

As causas são inúmeras e o diagnóstico preciso exige criteriosa avaliação. Fatores psicogênicos, congênitos, anatômicos, neurogênicos, infecções, e alterações endocrinológicas podem estar por trás do quadro. "A anejaculação também pode se constituir como efeito colateral de medicamentos – como antidepressivos – ou do uso crônico de álcool, maconha, cocaína, ecstasy e crack", explica o especialista.


Diferenças

Alguns casos são primários, manifestam-se desde o início da vida sexual. "Muitos homens, na adolescência, têm seus primeiros orgasmos através da masturbação. Na prática, podem apertar excessivamente o pênis com as mãos no intuito de atingir rapidamente o clímax, e isso pode dificultar o orgasmo com a pressão mais leve exercida pelas paredes vaginais", esclarece Vitiver. Já os secundários iniciam-se após alguma intercorrência física ou psíquica na vida adulta.

A assistência urológica é essencial para diagnóstico e tratamento da doença. Avaliação clínica e exames complementares possibilitam a identificação dos fatores causais e a consequente definição de uma conduta adequada. "Buscamos identificar os casos decorrentes de fatores orgânicos e os que necessitam de terapia comportamental para controle dos fatores psicossociais", enfatiza o médico. A terapia sexual ainda é a principal forma de tratamento, já que a maior parte dos casos é de natureza psicológica.

Entre 18 e 59 anos, 31% dos homens sofrem de alguma forma de disfunção sexual. A disfunção sexual masculina pode ser dividida em três grupos: o hipogonadismo, a disfunção erétil e as desordens ejaculatórias. A última comporta, além da anejaculação, a ejaculação rápida ou precoce, ejaculação retardada e ejaculação retrógrada.