quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Falta de orgasmo também pode ocorrer com os homens

A ejaculação precoce já foi amplamente abordada pela imprensa. Contudo, a ausência de orgasmo – a chamada anejaculação – é pouco conhecida e, por isso mesmo, menos compreendida. E não é à toa que o tema não está em foco: estima-se que sua incidência esteja em torno de 3% a 4% dos homens com menos de 65 anos – que experimentam dificuldade parcial ou total de ejacular.


O urologista Rogério Vitiver, da Clínica Miletto - em Brasília, explica que os pacientes que vivenciam o quadro não se queixam de problemas eréteis – eles simplesmente têm dificuldade de atingir o orgasmo, até mesmo através da masturbação.

As causas são inúmeras e o diagnóstico preciso exige criteriosa avaliação. Fatores psicogênicos, congênitos, anatômicos, neurogênicos, infecções, e alterações endocrinológicas podem estar por trás do quadro. "A anejaculação também pode se constituir como efeito colateral de medicamentos – como antidepressivos – ou do uso crônico de álcool, maconha, cocaína, ecstasy e crack", explica o especialista.


Diferenças

Alguns casos são primários, manifestam-se desde o início da vida sexual. "Muitos homens, na adolescência, têm seus primeiros orgasmos através da masturbação. Na prática, podem apertar excessivamente o pênis com as mãos no intuito de atingir rapidamente o clímax, e isso pode dificultar o orgasmo com a pressão mais leve exercida pelas paredes vaginais", esclarece Vitiver. Já os secundários iniciam-se após alguma intercorrência física ou psíquica na vida adulta.

A assistência urológica é essencial para diagnóstico e tratamento da doença. Avaliação clínica e exames complementares possibilitam a identificação dos fatores causais e a consequente definição de uma conduta adequada. "Buscamos identificar os casos decorrentes de fatores orgânicos e os que necessitam de terapia comportamental para controle dos fatores psicossociais", enfatiza o médico. A terapia sexual ainda é a principal forma de tratamento, já que a maior parte dos casos é de natureza psicológica.

Entre 18 e 59 anos, 31% dos homens sofrem de alguma forma de disfunção sexual. A disfunção sexual masculina pode ser dividida em três grupos: o hipogonadismo, a disfunção erétil e as desordens ejaculatórias. A última comporta, além da anejaculação, a ejaculação rápida ou precoce, ejaculação retardada e ejaculação retrógrada.

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